CÉREBRO, MÚSICA E ACUPUNTURA

O Cérebro Musical

Essencialmente o cérebro é um gerador de potencial elétrico e eletricidade. O neocórtex contém cerca de 100 bilhões de neurônios mantidos e nutridos por bilhões de células gliais (existem aproximadamente 10 vezes mais células gliais do que neurônios). Esses neurônios com um inimaginável número de interconecções onde cada neurônio é um complexo micro computador, produzindo e transmitindo impulsos elétricos.

Existem evidências que os neurônios funcionam cooperativamente, com várias subpopulações unidas entre si através de uma rede de milhões de células e cada subpopulação respondendo a vibrações em certas freqüências, assim como um copo de cristal ressonando a uma determinada tonalidade. As freqüências promovem profundos efeitos no cérebro desde a síntese de neurotransmissores, como também a recarga cortical incluindo os processos de regeneração e vitalização do corpo.

Pela estimulação de específicos centros neurais ou neuro populações com a freqüência e forma de onda(timbre) adequadas é possível afinar o cérebro assim como um músico afina o seu instrumento ou um maestro afina uma orquestra. Células que estão em níveis não adequados são estimuladas a produzirem o que necessitam. A provável explicação é a freqüência adequada, alterando a configuração da membrana celular e promovendo a síntese de DNA. O tecido entra em ressonância a freqüência enviada.

Uma estrutura cerebral que nos últimos anos tem chamado o interesse de inúmeros cientistas é a Neuroglia que significa “Cola Neural” Glia é um termo que provém do grego e significa cola. Os primeiros histologistas consideraram que as células da neuroglia – os gliócitos- desempenhariam papel de agregação e sustentação entre os neurônios.(53) Eles em parte estavam certo mas a glia também desenvolve funções imunitárias e de proteção, absorção de partes dos neurônios que eventualmente degeneram, e também de sustentação para a regeneração das fibras nervosas em casos de lesão.

Pesquisas recentes tem indicado que as células gliais são eletricamente sensíveis, atuando muito como cristais líquidos, ressonando em harmonia com campos elétricos nos arredores. Isto significa que as células gliais atuam como semicondutores, estimulando os impulsos nervosos do sistema nervoso e do ambiente e amplificando-os milhares de vezes, da mesma forma que os transistores amplificam os sinais elétricos. Assim enquanto os neurônios podem enviar sinais através de redes de células interconectadas, os sinais são também amplificados e circulam através do cérebro pelas células gliais, para ser percebido por qualquer neurônio, afinado com a freqüência apropriada, ou ressonarem com o meio ambiente.

As evidências científicas sugerem que enquanto neurônios individuais geram seu único e próprio sinal, eles também atuam cooperativamente em milhares de redes de milhares e milhões de neurônios, vibrando com o mesmo sinal elétrico. Todos nossos pensamentos e percepções consistem de interações de complexos campos eletromagnéticos que constantemente circulam através do cérebro. (40)Observou-se também uma relação direta entre atividade elétrica cerebral e determinados estados mentais como depressão, ansiedade, medo, e os inúmeros estados mentais.

Através de relato de importantes pesquisadores e pesquisas realizadas na década de 90 a respeito do funcionamento cerebral, estudos de EEG de milhares de pessoas compreendeu-se muito a respeito do funcionamento do cérebro humano.Uma das conclusões a que se chegou é que o cérebro é extremamente influenciado pela audição, e que o ouvido não possui apenas a função de ouvir, mas também uma importante função nos processos de recarga cortical e portanto de regeneração e melhora das funções mentais e cerebrais. É através da audição que o cérebro é recarregado. As orelhas estão constantemente abertas e recebendo sons, mesmo quando estamos dormindo, além de ser o primeiro órgão sensorial a se desenvolver. Portanto os sons e as músicas possuem a propriedade terapêutica de nutrir o cérebro. A música além desse efeito possui um outro importantíssimo, o de harmonizar as emoções.

De uma forma geral as emoções que a música evoca são interpretadas pelo sistema límbico que é uma estrutura da base do cérebro que engloba o tálamo, hipotálamo e outras estruturas do tronco cerebral responsáveis pela modulação das emoções. A grande maioria dos estímulos sensoriais desde a sensação da agulha de Acupuntura passando pela audição de uma musica são interpretadas e moduladas no tálamo fazendo sinapse mais especificamente no núcleo ventral pósterior do tálamo.

O tálamo não possui simplesmente a função de retransmitir os impulsos sensitivos ao córtex, senão de integrá-los e modificá-los. Os aspectos mais racionais ou que dependam de um raciocínio mais lógico, como a leitura musical ou a análise harmônica de uma peça musical são interpretadas no córtex cerebral, estrutura evolutiva mais recente.

Resumidamente poderíamos dizer que a música estimula o cérebro pelo córtex auditivo sendo daí distribuído para outras regiões cerebrais. Os impulsos provocam um enorme numero de conexões e reações químicas no cérebro, dependendo do tipo de musica—se já e conhecida, se e alegre ou triste e assim por diante. O cérebro reage a esses estímulos acionando neurônios que, por meio do cerebelo e da ponte chegam a medula espinhal e, daí vão se comunicar com o resto do corpo. Quando os estímulos causados pela musica atingem a medula espinhal, ela ativa uma rede de terminações nervosas espalhadas pelo corpo. Por meio desses nervos, a mensagem musical e levada ate os músculos. As fibras musculares, recebendo essas mensagens, movem-se de acordo com o tipo de musica – acelerada ou lenta. Nesse momento, os estímulos se incorporam aos movimentos internos do organismo. E ai que a musica externa se junta a musica interna dos nossos órgãos e expressa o nosso próprio ritmo.


Musica Acupuntura e Endorfinas


Desde tempos muito antigos se conhece a ação da morfina (palavra derivada do nome do Deus grego do sono e dos sonhos, Morfeu). A morfina é um derivado do ópio (daí o termo opióide ou “opiáceo), obtida da papoula, e cujas ações euforizantes e analgésicas têm sido há muito apreciadas pelos músicos e pelos médicos. Nos anos 70, raciocinou-se que o efeito neurofarmacológico da morfina só poderia existir se existissem receptores moleculares correspondentes no cérebro. Esse raciocínio lógico se confirmou: o uso de opióides radioativos identificou a presença de receptores específicos em diversas regiões cerebrais, e a busca dos opióides naturais logo encontrou as encefalinas, as endorfinas e, mais recentemente, a dinorfina.

As maiorias dos receptores opioides são encontrados nas áreas encefálicas relacionadas com o comportamento emocional e com a regulação do sistema nervoso autônomo como o tálamo e o sistema límbico e mais especificamente em regiões como a substância cinzenta periaquedutal, os núcleos da rafe e no corno dorsal da medula.

Este fato é significativo pois sabe-se que grande parte das drogas utilizadas em psiquiatria para tratamento dos distúrbios do comportamento e da afetividade agem modificando o teor das monoaminas cerebrais.

Estes hormônios promovem intensos e vitais efeitos no organismo humano, e explicam uma grande quantidade de informação a respeito do funcionamento do cérebro, emoções e atualmente são a maior evidência nos estudos relativos ao mecanismo de ação neurofisiológico tanto da Acupuntura como da Música.

Uma interessante evidência que demonstra a íntima relação que existe entre a Música, endorfinas e a pele é o fato de muitos de nós sentirmos arrepios e nossos pelos se eriçarem quando nos emocionamos com determinada música. Pois bem este estado emocional e mediado pelas endorfinas. Para comprovar isto Avran Goldstein.........., do Addiction Research Center em Palo Alto, Califórnia, e professor de farmacologia de Stanford, e a muito tempo considerado um pioneiro no campo do estudo das endorfinas. Goldstein ficou intrigado pelos arrepios, e zunidos atrás do pescoço e arrepio na espinha quando nós ouvimos determinadas musicas que nos envolvem emocionalmente. Acho que todos nós nos lembramos de algum episódio que não só relacionado a música, pode ser com um filme, um livro etc. Ele suspeita que estas sensações sejam mediadas pelas endorfinas. Para testar isso ele permitiu que experimentalmente os sujeitos selecionassem música que proporciona-se a eles esses arrepios. No momento que os sujeitos faziam a audição da música e chegavam perto de um estado emotivo , isto era assinalado e mapeado. Então foram divididos em dois grupos, em um grupo injetaram naloxona, um antagonista da endorfinas, e em outro injetaram um placebo em um situação duplo cego.

O que foi encontrado é que a naloxona bloqueava ou interrompia o estado emotivo em um grande número de indivíduos. Isto sugere que este estado musical é mediado pela liberação de endorfinas em resposta a música.

Esta mesma experiência foi realizada para a comprovação da Acupuntura. Neste experimento também foi utilizada a naloxona. Explicando desta forma que tanto a Acupuntura como a resposta emocional a Música são mediadas pela liberação de Endorfinas que são opióides endógenos derivados da morfina.

O que explicaria a natureza soporífera, hipnagógica e analgésica de determinadas Músicas e a estimulante de outras ou o estado de bem estar que se sente apos uma sessão de Acupuntura.

Um aspecto interessante que denota essa inter-relação entre Música, Acupuntura e as Endorfinas é o fato de inúmeros Músicos dependentes químicos terem conseguido deixar o vício com o tratamento de Acupuntura Auricular da Dra. Margareth Paterson, Médica Acupunturista Inglesa que utilizava-se de um aparelho ao qual estimulava determinados pontos nas orelhas. Músicos como Eric Clapton e Keith Richards, se beneficiaram dessa técnica. O estímulo nos pontos Auriculares estimula a síntese de uma grande quantidade de opióides endógenos como as endorfinas amenizando a síndrome de abstinência, e dando suporte para deixar o vício. Explicando assim o sucesso da Acupuntura no tabagismo, e na drogadição. Ela ameniza os problemas do vício pois naturalmente estimula a produção de morfina endógena amenizando os sintomas da dependência.

O conceito antigo de que determinados problemas mentais como depressão são uma diminuição dos níveis de neurotransmissores e o indivíduo está fadado a passar a vida tomando um medicamento anti depressivo, com inúmeros efeitos colaterais a longo prazo deve ser reformulado. É evidente que em determinadas situações de risco e em quadros agudos esses medicamentos prescritos por um profissional competente obtém bons resultados. O que se questiona é o uso indiscriminado e a falta de critério para o uso desses medicamentos que servem quase sempre a propósitos puramente mercantilistas.

As evidências sugerem que o cérebro através do estímulo adequado produz a química de que necessita. O cérebro é nutrido diretamente muito mais facilmente através de um estímulo usando uma via aferente sensorial como a audição, visão e o tato. Todas essas vias são importantes vias de estímulo para o cérebro e para os processos de regeneração cerebral e produção de neuroquímicos.

O fato de que as endorfinas recompensam este tipo de resposta emocional, indica que as experiências estéticas, incluindo música, arte, filosofia, e a percepção da beleza, são extremamente benéficas e talvez essenciais para o crescimento emocional e intelectual e para a manutenção da saúde.(40)

Livro impresso:

"A musica como terapia tem-se mostrado eficaz atualmente, principalmente no combate a depressão, e resgatando a auto-estima do pacientes. Acredito que este trabalho magnífico do Dr. Augusto Weber é de vital importância, para auxiliar todos os profissionais médicos, músicos e musicoterapeutas, a refletir e angariar conhecimentos sobre esta relação do som-ser humano-som."
Carlos Doro, musicoterapeuta

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