MÚSICA NOS HOSPITAIS

Um aspecto da música que tem despertado grande interesse nos últimos anos é o seu caráter sociológico. Mediante o conhecimento de seus efeitos, não apenas sobre o indivíduo, mas também sobre a comunidade, a arte é empregada na política, nas escolas, nos asilos e nos hospitais. Os efeitos nocivos da hospitalização, discutidos atualmente com maior freqüência pela sociologia médica, parecem abrandados pela influência da música.

O uso da música e de outras modalidades artísticas em instituições de saúde é uma tendência da medicina moderna, embora os primeiros registros dessa integração se encontrem em tempos tão remotos quanto na era dos deuses gregos. Os árabes do século XIII tinham salas de música em seus hospitais. Os médicos da Idade Média utilizavam menestréis, que tocavam para os pacientes em convalescença, acelerando-lhes a recuperação.

O que se percebe, mais modernamente, é a preocupação em se oferecer aos pacientes e familiares um ambiente mais saudável e humano. A esse propósito, tem-se prestado muito eficazmente a música, por exemplo. Mário de Andrade, musicólogo, principal figura do movimento Modernista Brasileiro, diz que, talvez, a idéia primeira do emprego da música nos hospitais tenha sido proporcionar um bocado de prazer aos sofredores. Mas, os resultados obtidos foram tão concludentes que se principiou a ver na música um verdadeiro agente terapêutico.

A tendência de incluir as artes entre as atividades hospitalares é crescente. Existem, atualmente, em todo o mundo, diversas organizações criadas com o objetivo de estimular as atividades artísticas nos hospitals. A “Society for the Arts in Healthcare”, sediada nos EUA, é uma delas; seu objetivo é aplicar as artes em instituições de saúde, com o intuito de melhorar o ambiente e estimular as qualidades humanísticas.

Segundo as evidencias o efeito da música sobre a ansiedade dos pacientes é marcante: “A ansiedade que os pacientes sentem ao ser hospitalizados, matéria freqüentemente discutida pelos sociólogos, pode ser indubitavelmente diminuída por intermédio do uso da música como elemento de harmonia na atmosfera clínica, resultando em relaxamento e bem-estar”. Esse resultado pode ser conseguido, não apenas por meio da música, como, também, pelas demais formas de arte.

A arte no hospital pode também constituir-se em veículo de mensagens positivas, meio de socialização e de ganho institucional. Mas, esses efeitos realmente ocorrem? Há, efetivamente, ganhos ao introduzir-se arte nos hospitais? Poder-se-ia testa-los cientificamente”? Certamente, seria muito difícil, pois existe uma infinidade de variáveis a serem consideradas. Para muitos, bastam as evidências e estas são de fácil percepção.

A música pode ser utilizado nos Hospitais a partir de 2 aspectos: A música como influência estética, shows e concertos musicais bem como terapia ocupacional e aprendizado com os instrumentos musicais. Mas também utilizando-se dos avanços da tecnologia aplicado aos sons como os Aparelhos de Luz e Som, técicas psicoacústicas como o som binaural, em momentos que antecedem uma cirurgia ou como um facilitador até mesmo da anestesia cirúrgica, podendo ser também um valoroso aliado durante um exame de Ressonância Magnética por exemplo. E a utilização de aparelhos de ondas sonoras para o tratamento de dores para os inúmeros transtornos que padecem os pacientes internados.

Inúmeros centros hospitalares espalhados pelo mundo afora já se utilizam a música nas U.T.I.s, enfermarias, berçários. Alem da capela os Hospitais poderiam reservar um espaço para ouvir música terapêutica utilizando aparelhos de luz e som sincronizados, como também macas de som. Estes recursos reduziriam o uso de medicamentos e seria um fator de estímulo e benefício para a saúde do paciente internado.

Certas músicas quando usadas com criação adequada de imagens , podem ajudar a elevar o limiar da dor em pacientes com dor crônica ou nos últimos estágios do câncer.

Atualmente a música já é empregada no tratamento de derrames cerebrais e de doenças como epilepsia, males de Alzheimer de Parkinson, autismo, esquizofrenia e depressão. Nessas terapias, não importa tanto o tipo de música ou de ritmo que o paciente ouve, e sim o modo como ele ouve, ou seja, a atividade mental que faz enquanto a música toca. No caso do mal de Alzheimer, uma doença em que o cérebro se deteriora a tal ponto que não se consegue nem lembrar o próprio nome, os terapeutas estimulam a memória com músicas que o paciente reconheça facilmente. Para o derrame, procuram-se atividades e músicas que acionem a parte do cérebro afetada. Os autistas, indiferentes a tudo, reagem muito bem nas experiências com sons graves e de baixa freqüência, como o de batimentos cardíacos ou de água em movimento.

Livro impresso:

"A musica como terapia tem-se mostrado eficaz atualmente, principalmente no combate a depressão, e resgatando a auto-estima do pacientes. Acredito que este trabalho magnífico do Dr. Augusto Weber é de vital importância, para auxiliar todos os profissionais médicos, músicos e musicoterapeutas, a refletir e angariar conhecimentos sobre esta relação do som-ser humano-som."
Carlos Doro, musicoterapeuta

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