ONDAS CEREBRAIS

Ondas cerebrais assim como as ondas sonoras são medidos em Hertz (ciclos por segundo). As ondas cerebrais correspondem ao conjunto de toda atividade elétrica cerebral que é composta pela atividade elétrica de milhões de neurônios.

Após a descoberta do EEG a atividade elétrica cerebral pode ser estudada de uma forma mais rigorosa e científica. De acordo com as pesquisas neste campo da Neurociência, a atividade elétrica cerebral é decorrente da atividade sincrônica de milhões de neurônios interconectados.

Evidências sugerem que esta atividade elétrica cerebral está relacionada a atividade neuroquimica no cérebro, assim os padrões de onda cerebral estão relacionados a atividade de neuroquimicos cerebrais, como noradrenalina, endorfinas, serotonina. Desta forma se alterarmos o padrão de onda cerebral, nós alteramos a química cerebral.

O cérebro tem a tendência a harmonizar ou alinhar seus pulsos de onda a pulsos exteriores, este fenômeno é conhecido como “condicionamento acústico de onda cerebral”. Pesquisas tem demonstrado que diferentes estados da mente podem ser induzidos através de audição de pulsos de som que igualam a velocidade das ondas cerebrais. Quando o cérebro houve esses pulsos ele tende a alinhar-se com eles, induzindo a um apropriado estado de atividade de onda cerebral.

Uma característica do relaxamento é a rápida mudança dos modelos de ondas cerebrais de baixa amplitude(rápidas ondas beta) para uma alta amplitude, (lentas ondas alfa e theta). Estas ondas cerebrais não representam a atividade elétrica de neurônios individuais; ao invés, elas refletem modelos elétricos cooperativos de cadeias de milhões de neurônios. Dizer que ondas beta são baixa amplitude, significa que existe muito pouca diferença entre seus altos e baixos pontos. As lentas, mais rítmicas ondas alpha e theta, são de alta amplitude, com muito largas diferenças entre seus altos e baixos. Ondas beta características da atenção externa e ordinário estado de consciência, não demonstram flutuações. A alta amplitude de ondas alfa e theta, de qualquer forma indica grandes áreas cerebrais de flutuação. Isto é como flutuações ou perturbações, que como nós vimos levam a mudanças na organização das estruturas dissipativas.

Outra maneira de exemplificar isso é o efeito de milhares de pessoas andando através de uma ponte. Se cada pessoa andar em seu ritmo individual, o som dos passos vai ser contínuo (i.s, alta freqüência) e as vibrações na ponte serão muito leves. Como as ondas betas cerebrais, as flutuações da ponte serão de alta freqüência e baixa amplitude.

De outro modo se as milhares de pessoas cruzarem a ponte em um único ritmo, o som dos passos será um série de separados tromp tromp tromp (i.e, baixa freqüência); as vibrações da ponte serão descontínuas e rítmicas, e terão a tendência em tornar-se maiores e aumentar o auto reforço interno (autocatalítico). Como as ondas cerebrais alfa e theta, as flutuações da ponte serão de baixa freqüência/alta amplitude. No final essas perturbações podem exercer uma poderosa influencia de desestabilização da ponte que será incapaz de dissipar a entropia e se transformará em um novo modelo de organização. No caso da ponte esse escape ou transformação poderá significar um colapso; no caso do cérebro pode significar uma reorganização em um alto nível de ordem e complexidade.

Outra forma de exemplificar este fenômeno é quando ouvimos com atenção o som em Cds ou fitas, Cânticos como dos Monges Tibetanos, Cantos gregorianos, ou Cânticos Indígenas. Se você escutar com atenção, você começara a sentir que as vozes tornam-se uma e criam um único tom pulsátil. Um dos mais importantes efeitos quando vários instrumentos ou vozes cantando aproximadamente no mesmo tom em uníssono, é que nós tendemos a ouvir um wah wah o efeito vibratório da onda pulsátil, as vozes ou os instrumentos encontram-se em uníssono e então derivam sutilmente fora do tom original. Quando os tons das vozes ou dos instrumentos estão em uníssono, o batimento torna-se lento; quando os tons derivam mais e mais fora do tom o pulso torna-se mais rápido.

Estas técnicas podem ser um importante auxilio na Medicina se conseguirmos alterar o nível de neurotransmissores sem o uso de medicamentos químicos será uma grande evolução. Além disso, medicamentos químicos são absorvidos pela mucosa gástrica e intoxicam todo o organismo, e principalmente o fígado. No cérebro, devido a barreira de sangue cerebral (uma ínfima rede de capilares no córtex cerebral), esse medicamento não vai se fazer atuar efetivamente, além disso o medicamento não consegue ser específico e provavelmente produzirá efeitos colaterais, como dano hepático, boca seca, cansaço mental , tontura, câncer, problemas digestivos.

Portanto um medicamento mais indicado sem efeitos colaterais e que produzirá uma alteração no padrão de onda cerebral é o som e a música. Determinados sons, mantras, cânticos, técnicas psicoacústicas, possuem um poder de alterar o padrão de onda cerebral através do princípio da ressonância gerando um condicionamento e uma resposta seguida de freqüência (Frequency following response).

As Pesquisas demonstram que determinada corrente elétrica com freqüência, forma de onda e intensidade pode alterar a configuração da membrana e gerar o potencial elétrico para a produção de neuroquimicos.

Existem basicamente 4 padrões de ondas cerebrais também denominados de ritmos cerebrais, cada um relacionado a um estado mental indo de intensa concentração (ondas beta), ao relaxamento (ondas alfa) e ao sono profundo (ondas theta e delta).